Saiba quem são os magnatas que controlam a mídia mundial.

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Mhario Lincoln, via Portal Aqui Brasil.

“Conheça a lista dos magnatas que controlam toda a mídia na face do planeta. Inclusive no Brasil, com conhecidas famílias e seus conglomerados imensos ditando as normas das linhas que quase todos nós temos de seguir.

Entre, a casa é sua. Vamos conversar e discutir sobre alguns temas fora da grande mídia. São temas que não aparecem, ou só são divulgados de forma rápida e imprecisa. Afinal, para quem realmente trabalha a grande mídia? Uma incógnita ou simplesmente “para eles mesmos”, como afirma antiga reportagem de um jornal independente ao divulgar o fato de que o bilionário australiano Rupert Murdoch consegue continuar, há mais de 40 anos, no comando de boa parte do que se publica na Inglaterra e parte da Europa. E é considerado o “midas da mídia”.

Mas, em todo o mundo, poucos magnatas, donos de grandes fortunas, são donos da mídia e, por isso, exercem uma influência significativa por meio de seus veículos impressos ou de telecomunicações.

Aqui no Brasil, o mercado é dominado por gente bem conhecida, cujo patrimônio financeiro não é lá essas coisas comparados a um Murdoch, por exemplo, mas com alta capacidade de manipulação a favor ou contra governos. Na área de TV, salta aos olhos a família Marinho (dona da Rede Globo, que tem 38,7% do mercado), o bispo da Igreja Universal do Reino de Deus Edir Macedo (maior acionista da Rede Record, que detém 16,2% do mercado) e Sílvio Santos (dono do SBT, 13,4% do mercado).

Os Marinho concorrem com Roberto Civita, controlador do Grupo Abril (ambos, [juntos], detêm cerca de 60% do mercado editorial). Já com relação a [jornais] impressos, surgem de imediato nomes como os das famílias Frias (Folha de S.Paulo) e os Mesquita (O Estado de S. Paulo). No Rio Grande do Sul, os Sirotsky (Grupo RBS, controlador do jornal Zero Hora, tevês, rádios e outros diários regionais). Outras famílias também ligadas a famílias de políticos tradicionais comandam parte da grande mídia: os Magalhães, na Bahia; os Sarney, no Maranhão; e os Collor de Mello, em Alagoas.

América Latina

No México, o grupo Televisa tem três canais de TV nacionais, duas operadoras de TV a cabo e um ramo editorial, além de ser dono de três clubes de futebol. O grupo ainda tem 5% das ações da Univisión, o maior canal hispânico dos Estados Unidos. Os programas da Televisa concentram 70% do mercado publicitário televisivo mexicano. Na América Central, o mais importante magnata da mídia é o mexicano Angel González, baseado em Miami, e que controla 26 canais de tevê e 82 estações de rádio em 12 países.

Na Colômbia, o milionário Júlio Mário Santo Domingo participa de negócios diversos e, inclusive, é dono da TV Caracol (com mais de 58% da audiência e mais de 52% do mercado publicitário). É controlador igualmente do segundo maior jornal do país, El Espectador.

Europa Ocidental

Nesta região, o ex-primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, é o proprietário do conglomerado de mídia Mediaset, criado na década de 1970 e que, juntamente com a RAI (a empresa de tevê estatal italiana), forma um duopólio de mídia na Itália. O conglomerado conta com quatro emissoras de tevê e com uma fatia do mercado equivalente a 41,3%. A RAI conta com um montante relativo a 36,9% do mercado. Berlusconi também tem negócios em TV por assinatura, dois canais na Espanha e investimentos em companhias de TV e de publicidade. Ele conta ainda com ações da Endemol, uma companhia que produz conteúdo [Big Brother, entre outros] para mais de 20 países.

Na Alemanha reina o Axel Springer, que conta com filiais em mais de 30 países. A empresa possui 230 jornais e revistas e também está presente nos setores de rádio e TV. Possui também o tabloide Bild. Em números de 2010, tirava 3,5 milhões de exemplares por dia, a maior em toda a Europa.

Outro importante conglomerado de mídia é o grupo espanhol Prisa, que tem diversos investidores entre seus proprietários. Entre os acionistas majoritários estão o grupo norte-americano Liberty e a família Polanco, que fundou o conglomerado. Entre as posses do Prisa estão também o jornal El País, o canal de televisão Canal+ e rádio Cadena Ser.

Rússia

O governo russo é o maior controlador da mídia local com três únicas tevês de cobertura nacional, além de canais a cabo e dezenas de emissoras locais. Atualmente, o Kremlin controla todas as principais tevês russas. Já o principal jornal, o Kommersant, é propriedade do magnata Alisher Usmanov, um dos donos do time inglês Arsenal.

Outro magnata, o ex-espião da KGB Alexander Lebedev, é dono do principal jornal de oposição, o Novaya Gazeta. Ele também tem negócios no Reino Unido, onde controla os jornais The Independent e The Evening Standard.

África

A Nation Media Group (NMG) é a maior empresa de mídia do leste da África, com braços de mídia eletrônica e impressa. Aga Khan – o líder espiritual da comunidade ismaelita, um ramo do islamismo xiita – é o maior acionista da empresa, com 49% das ações. No Quênia, o grupo é dono do jornal diário de maior circulação, o Daily Nation, além de outras duas publicações diárias e uma semanal, duas estações de rádio e uma emissora de tevê.

Em Uganda, o NMG tem um jornal, o Daily Monitor, uma estação de rádio e uma emissora de TV. Na Tanzânia, Aga Khan se diz proprietário de duas publicações diárias.

Estados Unidos

Com números de 2011, ainda, consta que a norte-americana Anne Cox Chambers, 91 anos, controla o maior grupo de mídia do país, chamado Cox Enterprises, fundado por seu pai em 1898.

O império controla jornais, emissoras de rádio e TV e canais a cabo em diversos estados norte-americanos. Segundo a revista Forbes, o patrimônio de Anne (em 2010) estava em US$ 12,4 bilhões, duas vezes maior que o de Rupert Murdoch, dono da News Corporation, que controla, entre outros veículos, o jornal Wall Street Journal e a rede de TV Fox.

Sudeste asiático

Homem mais rico da Malásia, o empresário de origem chinesa Tiong Hiew King controla cinco jornais diários e 30 revistas nas comunidades de língua chinesa na Malásia, Hong Kong, Estados Unidos e Canadá. O grupo também é dono do quarto maior jornal de Hong Kong e pretende agora ampliar seus negócios para o Camboja.

Agora, se você tem coragem, durma com um barulhaço desses.