E eles fizeram de novo!

A tríplice aliança entre agência de propaganda, prefeitura do Rio de Janeiro e jornal O Globo, não satisfeita em gastar R$ 209.664,00 no último dia 25 de maio (veja), hoje voltou à carga e, ainda por cima, “inovou” – para usar um termo da moda.

Vejamos: nova foto, novo texto, novos efeitos gráficos, novo visual, nova produção enfim… quanto será que isto custou? Não deve ter sido pouco, em se tratando da griffe DPZ, a agência que assina o anúncio. E a isto se somam mais os R$ 209.664,00 (preço deste anúncio, segundo tabela d’O Globo) da veiculação.

O contribuinte deve estar adorando… tanto, talvez, quanto os passageiros da novidade. Detalhe: não há novidade. O serviço prestado é o mesmo de ontem, da semana passada, do mês de maio, do ano de 2013 todo, até aqui. Ora, os jornais não são veículos em que se publicam, como dizem os patrícios lusos, as “novas”? Ou “the news”, no idioma do bardo de Avon, Shakespeare?

Pergunta-se: – tais recursos já não permitiriam a aquisição de mais um ônibus para a frota BRT?

E voltamos a indagar, como o fizemos em 25 de maio último: para quê, um ano depois, fazer propaganda institucional de um serviço em pleno funcionamento? Simplesmente para dizer que ele existe? O município do Rio inova, sim, criando a propaganda existencial governamental… cujo slogan bem que poderia ser “Existo, logo, faço inúteis publicações pagas, à custa do contribuinte”.

Com a palavra, caso resolvam usá-la, os nobres vereadores do Rio de Janeiro.