O mundo ainda há de se interessar pela formação que - só - o Brasil criou para profissionais de Relações Públicas.

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Dia 7 de abril. Dia da imprensa. A data seria uma homenagem a Líbero Badaró, jornalista que fundou o periódico Observador Constitucional (!) em 1829, veículo no qual denunciava abuso de poder do Império, na época sob D. Pedro I.

Em novembro de 1830, Líbero Badaró foi assassinado por inimigos políticos, em São Paulo. Historiadores acreditam que a morte fora encomendada pelo imperador que, em 7 de abril de 1831, viria a abdicar do trono.

Em São Paulo, a data é nome de rua e, parece, “homenageia” a abdicação.

Um jornalista, Ivy Lee, também fez história quando saiu da redação para criar um serviço inédito, pioneiro, de “publicity” (divulgação), de organizações – na imprensa – no interesse das primeiras, mas consideradas “de utilidade para o leitor” pelos veículos.

Estavam fundadas as relações públicas (“public relations”) em seu formato “clássico” estadunidense de “media relations”. Era 1906. No Brasil, a atividade nasce em 1914 com o mesmo espírito, mas quando se organiza, nas décadas de 1950 (FGV, 1953 e ABRP, 1954) e 1960, já amplia seu espectro de ação. Com os cursos superiores (USP, 1966 e UFRJ, 1968), sua abordagem holística, administrativa e de micropolítica (Porto Simões) se estabelece.

Com as novas diretrizes curriculares – em vigor a partir de 2015 – confirma-se a vocação de suporte à governança, à causa da comunicação institucional, à função de ouvidoria (com viés de “ombudsman”) e à promoção da transparência. E os cursos são, agora, independentes e autônomos, livres do cabresto da Comunicação “Social” imposto pelo regime de 1964.

Quem viver verá os próximos 100 anos… das Relações Públicas – como se forma o profissional, e como se praticam no Brasil.

Manoel Marcondes Machado Neto – no dia do lançamento de sua proposta conceitual e prática para a transparência nos negócios: o livro “4 Rs das Relações Públicas Plenas” (lcm.com.br).